sexta-feira, 2 de junho de 2017

As armas de longa distância e a guerra estática

Entre 1914 e 1918, foram 15 milhões de mortos, entre militares e civis. Saldo aterrador do primeiro conflito moderno da História, no qual novas armas foram usadas antes que seu poder de destruição fosse conhecido, e equipamentos foram aprimorados a partir das dificuldades enfrentadas no front. Foi assim que granadas que falhavam ao cair em poças de lama foram aperfeiçoadas. Ou que as submetralhadoras substituíram os modelos anteriores, que pesavam até sessenta quilos e exigiam até seis homens em sua operação.

Artilharia
     A artilharia é uma das armas das forças armadas, sendo aquela que produz fogos potentes e profundos. A artilharia é, por excelência, o instrumento de força que origina efeitos morais e materiais que vão da neutralização à destruição. Para isso, emprega armamento pesado capaz de disparar projéteis de grande poder destrutivo. Como arma organizada de um exército, a artilharia agrupa o seu armamento pesado, constitui um quadro de pessoal especializado na operação daquele armamento, congrega as unidades militares organizadas para o combate com armamento pesado e assegura a logística de todos estes elementos.

Snipers

     A palavra sniper tomou uso rotineiro na Primeira Guerra Mundial. Antes da Primeira Guerra Mundial, os britânicos estavam preparado para uma guerra concentrada sustentado fogo em pequena área. O conflito logo degenerou para outro tipo de guerra. Inicialmente os britânicos tinham trincheira bem definidas. Depois passaram a entulhar tudo na frente como os alemães faziam.

     Antes do conflito a Alemanha já usava snipers em nível de Companhia. Uma seção do batalhão tinha 24 sniper com fuzis equipados com boas lunetas. Os alemães trabalham em dupla revesando o papel de observador e sniper. Cansa ficar olhando por uma luneta ou binóculo por muito tempo. Com seus snipers os alemães conseguiram dominar os dois primeiros anos na terra de ninguém. Em um dia típico, um batalhão aliado perdia 18 homens para os sniper. Nas trincheiras as distâncias eram sempre a menos de 200 metros.

     Os sniper atiravam de várias posições trocando frequentemente. As posições eram reforçadas com metal, cavalos, corpos faltos e qualquer material para camuflar a posição, com locais de tiro falso para atrair a atenção. Na Primeira Guerra Mundial, os alemães usavam placas de metal nas trincheiras com buraco para atirar. A reação foi o uso de artilharia e camuflagem das posições. Os britânicos testaram um fuzil para matar elefante para perfurar as placas blindadas. Os alemães reagiram colocando duas placas com terra no meio. Usaram táticas de mostrar capacete e cabeças falsas acima do parapeito para chamar a atenção. Já os britânicos testaram um fuzil com mira por periscópio para observar e atirar sem se expor.

     Na década de 30 apenas os russos continuaram a manter uma escola de sniper. Os alemães, britânicos, franceses e o US Army fecharam suas escolas e o USMC manteve um pequeno grupo. Os britânicos reabriram sua escola em 1940. O US Army reabriu em 1942. Os alemães reabriram logo no inicio de suas operações.

     No fim da década de 30, na guerra contra os russos, os finlandeses caçavam inverno com fuzil e era muito mais fácil caçar soldados russos que pássaros voando. As táticas eram simples. Os sniper finlandeses eram muito móveis com seus esquis, ficavam a frente de linha de defesa ou flancos, atacando postos artilharia, morteiro e postos de comando. A determinação de defender o país valia muito. Já os snipers russos tiveram que reagir treinando para guerra no ártico e passaram a ser mais independentes da unidade que apoiavam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Resenha do Fime

Até o Ultimo Homem Rhuan Augusto Vinícius Espíndola Até o Último Homem (Hacksaw Ridge, 2016) - Trailer Legendado - YouTube            ...